quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Como eu edito as minhas fotos


        Se tem uma coisa que eu tenho amado é organizar o feed e testar combinações diferentes no VSCOCAM. Muita gente tem me perguntado o filtro que tenho usado nas minhas fotos aqui no Canadá e hoje eu vim pra falar um pouco de como eu as edito

1-      Sempre busco o lugar melhor iluminado possível e com alguma referência em vermelho ou avermelhado (mais Canadense impossível);

2-      O Pinterest é o meu melhor amigo para buscar inspirações e poses para as minhas fotos do Instagram;

3-      Os aplicativos que mais tenho usado são o AirBrush, Snapseed e VSCO;

4-      No AirBrush costumo clarear a foto em alguns pontos. Normalmente o chão, o teto, ou alguma referência mais clara no fundo;

5-      No Snapseed gosto de alterar as configurações de pontos específicos da foto usando a ferramenta “seletivo”; normalmente o céu, alguns pontos do meu rosto e etc.

6-      No VSCO minha série preferida é a ‘Minimalist’, especificamente o J3.

Homofobia



Aqui no intercâmbio, minha classe da tarde é de Current Events e temos discutido muito sobre Direitos Humanos, Direitos das mulheres, igualdade e etc. E esses dias, conversando com um dos meu melhores amigos aqui em Toronto, ele me disse uma coisa que me deixou pensativa por muito tempo.
“Tallyta, eu ainda não sofri homofobia aqui em Toronto”

 O que me leva a pensar o que passa na cabeça das pessoas que fazem esse tipo de discriminação.

Obviamente que sei que é uma questão histórica, mas não por isso acho que deva ser aceita. Nós precisamos aprender que viver em sociedade e viver em grupo requer respeito mútuo e não posso julgar ninguém pelo que ele acredita. Essa é uma das maiores lições que aprendi com o intercâmbio.

Cresci ouvindo coisas que remetiam a “ser veado” como uma ofensa, quando o “ser veado” não é uma escolha para quem o é de fato; é uma libertação de identidade, uma externalização de uma crença. Defendo piamente que não existe verdade absoluta. Não é porque respaldado em uma fé que prega a homossexualidade como produto mundano e que não devo seguir , que tenho direito de apontar meu dedo em direção ao outro que acredita em proposições diferentes das minhas. Não é o fato da pessoa querer se relacionar com outra do mesmo sexo que a torna pior, ou desrespeitada. O que nos torna pior é achar que somos superiores em alguma coisa, quando, na verdade, nem sabemos quem somos.

Ao meu ver, não é reprimindo a Homossexualidade de certas crianças que vamos prepará-las para a realidade da vida; uma palmada, uma surra, não vai resolver uma questão de alma, que, de antemão, não há nada o que ser resolvido. Não é escondendo as vontades delas que conseguiremos com que sejam “aceitas”, por que, afinal, ninguém é aceito totalmente, socialmente falando, seja por que seu cabelo é cacheado, seja por que seu peso não é o ideal, seus olhos não são claros, seu nariz é um pouco achatado, ou que seja por que o branco do seu olho não é branco o suficiente. Sempre há uma maneira, é o que tento dizer. Qual a melhor maneira de preparar uma criança para o futuro do que fortalecendo sua identidade e suas convicções? Ensinando-a a realidade. Sempre achei que a melhor maneira de passar por uma situação é entendendo ao máximo como ela funciona.

Quando você olha um homossexual na rua. Qual a sua reação? Seja Drag, montado, desmontado, tanto faz...? A maioria das pessoas aponta e ri, faz piada para o amigo; mas essa mesma pessoa faz textão no facebook dizendo que é um absurdo a decisão a favor da cura gay. Quando eu olho a mesma situação não vem à minha cabeça uma aprovação, do tipo, está certo, tem que ser assim; por que não tenho nada a ver, Quem sou eu pra concordar ou discordar? O que vejo e o que sinto é uma admiração por expor e mostrar ao mundo o quão convicto é sobre o verdadeiramente acredita.

Não estou dizendo que Toronto é perfeita, o que seria hipocrisia, mas o que tento passar é a ideia de que podemos ser melhores e de que podemos respeitar o que o outro verdadeiramente é.