domingo, 16 de agosto de 2015

Resenha: "A morte de Sarai " de J. A. Redemerski

[...]se tem um adjetivo que não pode ser atribuído a essa história ele é "previsível"

Tenho buscado romances que fujam do óbvio ‘água com açúcar’ e me interessado mais por histórias que envolvam certo suspense, uma aura de mistério; e “A Morte de Sarai”, escrito pela mesma autora de “Entre o agora e o Nunca” (confira a resenha), espelha bem isso, faz bem esse estilo.

Sarai é uma garota que muito nova fora dada a um traficante Mexicano (Javier), por sua mãe dependente química como forma de pagamento de dívida, e desde então tornou-se a menina dos olhos de Javier e sua amante, já que ela não tinha outra alternativa. Sarai foi sujeitando-se a essa situação até ver Victor, um assassino de aluguel, americano e que, ao contrário dos outros visitantes que vira enquanto estivera no cativeiro, acreditava que pudesse ser a sua chave para fugir daquela prisão.

De fato Sarai consegue fugir, mas fica em dúvida quanto ao que Victor pode fazer, isto é, se vai devolvê-la ou ajuda-la.

A história é narrada de forma bem diferente e tem um ponto peculiar, que é um clímax bem precoce, o que te deixa com aquela sensação de incerteza sem te deixar pistas do que pode acontecer no restante do livro; na realidade, se tem um adjetivo que não pode ser atribuído a essa história ele é "previsível". Além disso, em contrafluxo com o que venho reclamando nas minhas resenhas, a trama tem um desfecho concreto, sem deixar de abrir um leque de opções para uma continuação; digo isso com base em livros como “ Cinquenta tons de Cinza”, “After”, dentre outros, que acabam abruptamente em um ponto alto do livro forçando uma continuação.

ENFIM...

A personagem Sarai é forte, não possui complexo de Bela (outro contrafluxo: 2x0 pra autora) e mostra-se, apesar do que sofreu, disposta a dar a volta por cima. Já Victor é um personagem um tanto que obtuso, misterioso, difícil de decifrar, tem-se sempre a dúvida se as informações fornecidas sobre ele no livro são verdadeiras, mas ainda não defini se acho ser um ponto negativo.

O livro tem tamanho grandinho, mas não deixada história chata, há sempre muita coisa acontecendo.

Não posso deixar de mencionar a capa do livro, que é sensacional e o título é muito bem bolado, sempre circundando a imaginação do leitor quanto ao desfecho. (Sem spoiler..  Por enquanto)

Quero parabenizar a autora por essa história singular e que me faz desejar muito ler o próximo livro.

SPOILER ALERT! (Se não gosta de ler Spoilers, obrigado por ler a resenha e tenha uma ótima leitura):


O título e capa, depois que li o livro inteiro, e conforme já citado, foi o que mais chamou a minha atenção. Na minha cabeça, a morte de Sarai era iminente, inevitável. Mas quem é Sarai? Ela realmente morreu? O que seria morrer? Sarai é uma menina que passar boa parte de sua vida presa e tudo que desejava era uma vida normal, mas essa menina morre, é levada por um instinto de sobrevivência e de conhecimento; os planos mudam e as vontades são dinâmicas, mas isso é assunto para ser resenhado próximo livro.

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Resenha: Beleza Perdida, Amy Harmon


“Chorei, Chorei e Amei!”

Escrito por Amy Harmon e publicado aqui no Brasil pela editora Verus, conta a história de Ambrose Young, um rapaz “lindo, alto e musculoso, com cabelos que chegam aos ombros e olhos penetrantes”, beleza que certamente Fern encontra nos livros que tanto ama. No entanto, a garota não acredita ser capaz de conquistar o coração do rapaz, mas aí tudo na vida dele muda. Ambrose vai com seus amigos para a guerra e apenas ele retorna, mas não da maneira como foi, psicologica e fisicamente falando, a história vai tentar mostrar que talvez o amor seja o único remédio que Ambrose precisa.

Beleza perdida é uma adaptação bem moderna e desapegada de “A bela e a Fera”. Li-o a pouco tempo e já está na lista dos meu preferidos (You bet!). Não é uma história leve, mas não deixa de ser envolvente. Fiquei completamente apaixonada pelo Bailey, tanto sua filosofia de vida, quanto sua visão de mundo. E inegável o quanto essa personagem ilumina o seu redor e faz toda a diferença nesse livro. A meu ver, personagens coadjuvantes fortes, se é que posso classifica-lo como coadjuvante, carregam uma atmosfera pouco explorada pelos autores, mas que aproxima muito mais o leitor à história. Bailey roubou a cena.

Vale ressaltar que a história de Bailey com a personagem Raquel formaria uma trama independente de ótimo enredo. Apesar do desfecho da participação do garoto ter sido como foi, o motivo do ocorrido foi nobre, foi por amor, e contrariou o que se esperava que fosse acontecer.(Adoro quanto o autor sai do óbvio)

Quanto ao casal principal, no começo achei Ambrose muito fechado, obscuro, mas o perdoei quando levei em conta tudo que passara e o que sofrera. Além disso, o fato do sentimento em relação à Fern ter surgido antes da tragédia, deu todo o toque de originalidade à história e a diferenciou de grande parte dos romances modernos. A troca de cartas ainda mostra um lado dessa personagem (Ambrose) que mostra além da questão física e fez com que eu adquirisse certa feição ao rapaz que não havia obtido até então.
Já Fern é a típica boa moça, desprovida de tanta beleza na época do colégio; cercada de poucos amigos, mas com bons amigos; não se acha capaz de seduzir o figurão da escola... (e clichê, mais clichê e mais clichê!). Mas ao contrário de outras tramas, foi capaz de mostrar sua beleza de outra forma.

Esse é um livro de amei 200%, tornou-se uma das minhas recordações das férias de julho e, sinceramente, ao contrário da maioria, espero que não tenha continuação, já que a história se consolidou perfeitamente da maneira como está. Então é isso... Boa Leitura! Estou ansiosa para ler outros títulos da autora.